quarta-feira, 29 de outubro de 2025

DOGMA - Resenha

 E cá estamos nós para mais uma resenha/indicação de banda.

Depois de passar quase 1 ano ouvindo falar da DOGMA, uma banda composta por "freiras góticas", resolvi dar uma chance para seu álbum de estréia (e até agora único álbum), e confesso que fiquei surpreso...mas vamos por partes.

A Banda é formada por 5 mulheres cujas reais identidades não eram conhecidas até bem pouco tempo atrás. Elas usam vestimentas que remetem a freiras juntamente com maquiagens pesadas e corpse Paint que remetem ao black metal, ao horror punk ou mesmo ao gótico.

A banda usa e abusa de encenações e a parte visual é tão importante quanto a parte sonora. Mas seria isso ruim?


O Estilo


Logicamente a primeira coisa que vem a mente quando nos deparamos com a DOGMA é a banda GHOST. Contudo ver a banda simplesmente como uma "versão feminina" do GHOST é um erro tremendo, pois tanto musicalmente quanto liricamente as diferenças são enormes.

O som do DOGMA na verdade passeia por vários estilos, sendo uma tarefa até certo ponto difícil de classificá-lo. Para mim, soa como uma mistura de muito hard rock anos 80 com pitadas de metal sinfônico á lá Within Temptation com alguns aspectos GÓTICOS que remetem ao 69 Eyes.

E claro, não podemos deixar de citar a influência do pop, principalmente nos refrões extremamente grudentos que permeiam todas as músicas, sem exceção.


Mas...e aí?


E aí que, dentro do que a banda se propõe a fazer, tudo é feito com esmero, talento e fidelidade. Elas entregam com perfeição aquilo a que se propuseram fazer.

As composições são super concisas (ainda que todas sigam mais ou menos a mesma fórmula), a qualidade da gravação é cristalina e o nível de execução dos respectivos instrumentos é alto e muito, muito bem feito.

Não é um som para qualquer headbanger, claro! Muitos reclamam das altas doses de pop no som das meninas e, se essa realmente não for sua praia, você de fato não irá comprar a ideia do projeto.

Contudo, para aqueles mais ecléticos, temos aqui um prato cheio de referências. Para mim, é como se o Kiss, o Within Temptation, o Bon Jovi e o 69 Eyes gerassem um híbrido.


A Temática lírica 

Trata-se de um disco conceitual, no qual acompanhamos uma freira que começa a questionar os dogmas e estilo de vida que lhe é imposto, e começa a buscar...outras coisas (acho que os clipes da banda deixam claro que "outras coisas" seriam essas!kkkkkkkk).

Nada muito complexo. Também não temos aqui nenhuma ode ao Cramunhão como o GHOST faz. Os temas da DOGMA giram em torno da liberdade, sensualidade e rebeldia aos padrões estabelecidos. 


Nota

Eu dou uma nota 9 para esse debut. Achei realmente interessante e bem feito, além de ter gostado muito de toda a estética teatral da banda.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

RESENHA: Mismiths - Dead To Me (E.P.)

 Outubro chegou e com ele uma nova leva de resenhas de álbuns de horror punk também chega aqui neste humilde (e por vezes abandonado) blog!

Vamos iniciar com uma banda que apresenta uma mistura no mínimo inusitada dentro do gênero...


MISMITHS - DEAD TO ME

Vindos  de New Jersey-USA, a banda MISMITHS traz a curiosa e insólita proposta de misturar o horror punk do MISFITS, principalmente da fase "Walk Among Us" com a banda THE SMITHS. Isso mesmo, você não leu errado! Ao lado da crueza do horror punk temos a melancolia dos Smiths, e com um vocal que tem a voz IDÊNTICA à do Morrissey...e reparem que eu não disse parecida, eu disse idêntica.

Na verdade a banda conta com 2 vocalistas: Jack O' Lantern (Também chamado de Maxwell Demon), responsável pelos vocais mais agressivos e com muita influência de Danzig; e Gorrissey (isso mesmo), com sua voz melancólica e responsavel pelas músicas e passagens mais calmas.

O E.P. DEAD TO ME conta com apenas 5 músicas, e foi lançado no dia 16 de setembro de 2025, ou seja, há pouco mais de 2 semanas (se você estiver lendo isso em 2025, lógicamente). Vamos falar rapidamente sobre cada uma das canções:

1- RIPPER: Temos aqui uma pedrada punk totalmente na vibe do Walk Among Us do Misfits, com exceção dos backing vocals de Gorrissey, já apresentando a mistura inusitada a que o grupo se propõe. É a música mais curta, tendo pouco mais de 1 minuto e 10s de duração.

2- SEND THEM TO HELL: Aqui a mistura fica ainda mais interessante. Poderia ser facilmente um clássico dos Misfits. A alternância entre os 2 vocalistas é perfeita e muito criativa. Há uma passagem mais calma no meio da música, curta e certeira, onde logo depois o refrão é apresentado novamente em toda sua melodia. Essa já nasceu um clássico moderno do horror punk mundial.

3- YOU'RE DEAD TO ME AND I DON'T SHAG THE DEAD: Aqui temos uma inversão, onde o punk rock dá espaço para uma canção melodiosa TOTALMENTE influenciada por The Smiths, com uma melodia vocal deliciosa e um trabalho de guitarra primoroso. Ainda assim temos um certo peso em certas partes da composição.

4- STOP ASKING FOR SATURDAY NIGHT: Aqui temos a música mais genial do EP, onde os Mismiths fazem uma "brincadeira" com a música "Saturday Night", talvez o maior clássico dos Misfits da era Grave. Há inclusive um trecho rápido de "Dig up Her Bones" no meio da composição. Na minha opinião, essa música aqui ficou superior àquela que lhe serviu de inspiração.

5- FAKE IT TILL YOU FAKE IT: Finalizando os trabalhos temos a mais "smithiniana" de todo disco. Essa canção parece diretamente saída de um disco da melancólica banda de Manchester. Talvez não dê para chamar de "horror punk" (embora a letra seja), mas enfim, é uma excelente composição!

Temos aqui os Integrantes do MISMITHS:

GORRISSEY - Voz e Percussão

Maxwell Demon - Voz, baixo e teclados

Willian H. Business- Guitarras

Todd Zombie Von Angelfuck - Bateria e teclados


Você pode ouvir o EP aqui:




DOGMA - Resenha

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