domingo, 28 de novembro de 2021

Traindo o movimento? Sobre tocar outros estilos.

 E assim segue o projeto TLHP GRAVEYARD. 8 discos lançados, mais de 10 mil escutas no bandcamp, 4 Songbooks oficiais, Calendário físico sendo vendido, 3 edições da HORROR PUNK MAGAZINE (que já totalizam mais de mil downloads)...

Depois de tudo isso, decidi que iria aproveitar esses últimos meses do ano para dar um descanso do TLHP, e tocar meus outros projetos musicais.

Além do TLHP, eu tenho o SENHOR HIPONGA, voltado a música hippie folk, tenho o LO-FI, meu projeto de LO-FI HIP HOP que já lançou 1 disco onde canto poemas de Edgar Alan Poe. Tenho o TLHP O Bardo, de Dungeon Synth. E recentemente comecei o DRAGONSTORM, meu projeto de Power metal.


"Mas ...por que tocar outros estilos? O horror punk não é suficiente pra você, seu POSER?!?"


Eu amo horror punk. De coração. Mas verdade é que acima de tudo, EU AMO MÚSICA de maneira geral.

Eu tenho verdadeira obsessão por Teoria Musical, e o que acontece é que, por mais que eu ame o estilo, tem várias coisas que eu amo dentro da teoria musical que não teria espaço dentro do horror punk, pelas próprias características do estilo.

Eu sempre vou estudar teoria musical, SEMPRE. E para aplicar as coisas que eu vou aprendendo, resolvi criar o maior número possível de projetos diferentes. 

No SENHOR HIPONGA, eu posso estudar composição lirica e bases folk; no projeto LO-FI, eu posso estudar criação de batidas eletrônicas e sintetizadores digitais.

No projeto de Power metal, eu posso estudar riffs mais complexos e orquestração.

O TLHP GRAVEYARD já tem 8 discos, mais de 70 músicas. E podem apostar, tem muito mais vindo por aí. Talvez ainda esse ano mesmo.

Mas como fã de música, sempre vai ter espaço para outros estilos em minha vida.

Estou traindo o movimento? Não sei...8 discos e 70 músicas não parecem ser características de quem está traindo o movimento ...

Sempre penso no Danzig, o nome mais citado quando se fala de horror punk. O cara estava lá no começo do estilo, mas ao longo da carreira dele ele já fez música orquestral, gótico, industrial, blues, heavy metal, eletrônico...

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

SPOTIFY: Uma verdade MUITO inconveniente (ou: Por que ele é muito ruim para galera independente)

 Quando se pensa em streaming de música, logo se pensa no SPOTIFY. 

É chique dizer que sua música está no SPOTIFY, eu concordo.

Mas o SPOTIFY é todo voltado para quase que literalmente engolir os artistas independentes, e pretendo mostrar agora isso não com opiniões e "achismos", mas com dados e estatisticas sobre a plataforma. Também vou mostrar alguns indicativos que regulam - de acordo com especialistas - a forma como as plataformas de streaming funcionam, e no fim embasar meu ponto de vista. Por mais satisfação que dê ter sua musica na maior plataforma de streamings do mundo, os resultados práticos para artistas independentes são praticamente nulos. 


Quanto paga o spotify por execução?

Os dados mais recentes que encontrei dizem que o Spotify paga 0,00348 dolares a cada reprodução da música. Isso quer dizer que a cada 1000 (mil) reproduções, o artista vai ganhar 3 dolares e 48 centavos. Ah, e por "reprodução" eles só contabilizam quando dura mais de 30 segundos. Qualquer pessoa que escutar sua música por menos tempo que isso não entrará no computo geral.

Obs: Provavelmente deve ter acontecido algum reajuste mais recente, mas nada muito diferente disso não.

Segue abaixo uma lista comparativa entre as diversas plataformas de Streaming, de acordo com o site Tecnoblog.net. 

Serviço de streamingValor pago por reprodução (em dólar)
Spotify0,00348
Apple Music0,00675
YouTube Content ID0,00022
Amazon Music Unlimited0,01123
Deezer0,00562
Google Play0,00554
Pandora0,00203
TIDAL0,00876

Aqui temos uma outra tabela, comparando com ainda mais plataformas:

(eu sei, a imagem está péssima...é muito dificil achar esses dados)

Convenhamos: Atingir mil reproduções de fato dentro do horror punk é uma luta. Logicamente o Misftis consegue isso, mas o artista independente...não sei. E o fato é que para alcançar uma quantidade significativa de reproduções, a banda precisa apostar em divulgação, e não apenas posts em redes sociais, mas sim campanhas de Marketing. E isso vai custar muitas vezes mais do que o retorno que a banda terá.

"Mas o Spotify ajuda a divulgar a banda!"
É uma fala que eu escuto muito, mas...será realmente?

Assim como todas as redes sociais, o Spotify trabalha com algoritmos que vão divulgar e privilegiar quem está no top da popularidade. Logicamente, ele vai direcionar as sugestões de acordo com a playlist selecionada pela pessoa, então muito provavelmente a banda independente de horror punk seja indicada para aqueles ouvintes que já estão escutando horror punk. Que por sua vez tem uma cena tão pequena que muito provavelmente JÁ conheça a banda, ou seja é um ciclo que se fecha muito rapidamente.


Uma pesquisa rapida mostra que as bandas independentes que se destacam dentro da plataforma em 99% das vezes contratam o serviço de DISTRIBUIDORAS DIGITAIS. Empresas como CD BABY e OneRPM, que gerenciam a distribuição das musicas do artista, fazem estudo de marketing (calculando inclusive coisas como o melhor horario para lançarem as musicas, com qual frequência) e principalmente trabalhando o marketing desse material em redes sociais.

ENtrem nos sites dessas Distribuidoras e peçam um Plano de ação gratuito (a CD Baby faz um plano no próprio site como simulação), e vejam a quantidade absurda de coisas que essas empresas fazem. E mesmo com tudo isso, não vai ser toda a banda que vai conseguir monetizar.

Um relatório lançado ano passado sobre o Spotify mostrou que mais de 80% dos artistas inscritos lá ganharam ao LONGO DO ANO TODO menos de um salário mnimo somando os ganhos do ano todo. E na verdade, a maioria desses 80% ganhou muito, muito menos que isso. A maioria das bandas independentes nacionais de rock ganaharam menos de 15 dolares somando tudo ao longo do ano todo.

É muito ingenuidade achar que só colocar a música lá vai fazer "a coisa acontecer". 


Agora, enquanto vitrine e local de "estoque" das musicas, até é possível entender que uma banda queira colocar sua música lá.

Não acho errado colocar sua música lá não. Só não entendo darem preferência por divulgar POR LÁ...isso definitivamente é estranho em termos práticos.

Mas uma vez que o publico que a banda vai atingir JÁ é essencialmente o publico que JÁ acompanha a banda, plataformas como youtube cumprem a mesmissima função. 


"Qual seria então uma alternativa?"

Vou falar dentro da MINHA experiência enquanto musico independente.

A melhor opção me parece o BANDCAMP. O BANDCAMP é uma plataforma de escuta e venda de músicas, onde o musico fica com a MAIOR porcentagem de cada musica ou produto (é possivel vender outras coisas, como camisetas, canecas, posters...). A plataforma fica apenas com uma pequena porcentagem. É o oposto do que ocorre no Spotify. Você coloca o preço que quiser em sua musica ou produto, inclusive tendo a opção de colocar a opção "Pague quanto quiser".

Além de ser um local gratuito de armazenamento de suas musicas e escuta online, o BANDCAMP foca em projetos independentes. Tudo lá é feito para favorecer o artista e a banda underground.

Os pagamentos são feitos via paypal, e tudo que vc precisa e cadastrar um email.

Funciona? Será que funciona mesmo?

Vou falar dos meus números:

Mesmo tendo um numero ridículo de seguidores no Bandcamp (acho que 8 ou 9 pessoas), não passa um mês sem realizar alguma venda. O preço que coloco nas minhas músicas variam de "Pague quanto quiser" à 5 dólares (album completo).

Meu faturamenteo mensal ali varia de 10 a 30 dólares, ou seja de 50 a 150 reais atualmente. Meu numero de escutas não é nada impressionante: Tenho cerca de 300 reproduções por mês ali, um número muito baixo.

Mas olhem quando comparo com o Spotify:

300 reproduções no Spotify me renderiam 1 dolar e 4 centavos.

No Bandcamp, com esse numero de reproduções ganho de 10 a 30 dolares.


Logicamente, estou comparando coisas diferentes. No Spotify você recebe por reprodução, e no Bandcamp você recebe por venda direta.

Mas mesmo assim, me parece um esquema MUITO mais justo.

Outra vantagem é que no BANDCAMP uma unica pessoa que quiser te apoiar pode realmente te ajudar. Lembro que no primeiro mês no Bandcamp fiz 20 dólares, mas foi a compra de uma unica moça que comprou 5 musicas no esquema PWYW e pagou 20 dolares.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

LANÇAMENTO: SONGBOOK 4 - MUSICAS EM PORTUGUÊS

Mesmo sendo chamado de "paga pau de Gringo" por cantar em Inglês, eis que o TLHP GRAVEYARD está lançando o primeiro SONGBOOK de HORROR PUNK com músicas cifradas e letras em PORTUGUÊS.



Sem enrolação,aqui está:SONGBOOK 4

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Lançamento: Terceiro SONGBOOK do TLHP GRAVEYARD

 Olá!

É com muita satisfação que hoje disponibilizo oficialmente o terceiro SONGBOOK com músicas do projeto.

Nessa terceira edição, fiz uma coletânea de cifras de músicas do disco "Halloween Again".

Para quem não sabe, um songbook é um livro ou apostila contendo letras e cifras, voltados a quem queira tocar essas músicas no violão, guitarra ou qualquer outro instrumento.

Aqui o link para download direto:

SONGBOOK 3 TLHP GRAVEYARD

domingo, 7 de novembro de 2021

Faz sentido purismo cultural dentro do Horror Punk?

 Toda banda ou artista que canta/compõe música em inglês aqui no Brasil já ouviu isso milhares de vezes:

"Tá pagando pau pra gringo? Canta em português, pô, tu nasceu no Brasil!"

Logicamente nem sempre com esse tom agressivo, mas com certeza MUITAS variações desse argumento.

Aí você grava músicas em português, e tem que ouvir:

"Ahhh, mas tá fazendo isso só pra fazer média, né, paga pau!".

Eu tenho discos gravados dentro dos 2 idiomas. Também tenho composições em latim (a música "Dies Irae"), que é um idioma que domino, e música em Guarani ("Carcará-Vingança"). Pretendo em algum momento lançar um disco só com letras em espanhol também, pois adoro a língua. 

Poderia ficar enrolando em dar minha opinião, mas aqui está ela: esse pensamento faz tanto sentido quanto o Manuscrito Voynich. É uma opinião escrotaça que deixa de considerar um zilhão de fatos básicos.


O Purismo cultural musical


Vamos analisar mais a fundo.

Essa ideia de que se você nasceu em determinado país você DEVE se expressar apenas dentro da lingua e de gêneros nacionais recebe vários nomes, sendo o mais comum o nome "Purismo cultural", ou "Purismo musical,".

Não vou nem discutir isso em âmbito geral. Vou focar apenas dentro do Horror Punk.

Faz sentido cobrar por Purismo cultural dentro do horror punk?

Faz sentido cobrar Purismo cultural dentro de um gênero que surgiu nos Estados Unidos na década de 70? Peço que se atentem as palavras "ESTADOS UNIDOS".

O horror punk não surgiu no Brasil. 

Se é pra ser purista cultural, não se devia sequer estar tocando esse estilo.


A questão linguística

"Aí, TLHP, mas cantar em português facilita o entendimento, a mensagem".

Sim, concordo. Se o seu foco for exclusivamente o mercado nacional, o enorme e GIGANTESCO cenário horror punk brasileiro, está valendo. Desculpem a ironia, mas temos sim que reconhecer que a cena nacional de horror punk, ainda que competente, variada e produtiva, com muita gente boa e bandas incríveis, é muito, muito pequena.

Qual é o problema se a banda almeja entrar no mercado internacional? Cantar em inglês pode ser uma ferramenta facilitadora.

"Ahhh, então você vai se vender, é isso?"

Não. Mas se eu gosto da minha música, e quero que ela chegue ao maior número de pessoas, porque não?

Todo mês eu pago as fraldas e o leite do meu filho com a grana que pinga no Bandcamp do TLHP GRAVEYARD, e TODAS as vendas são de pessoas FORA do Brasil, raríssimas exceções.

Mesmo quando canto em português acontece um fenômeno curioso: o meu disco "A Morte Veio antes do segundo Take", com 13 músicas cantadas em português, tem mais downloads na Argentina e nos USA do que aqui do Brasil.

Em números absolutos (contando até hoje, 8 de Novembro de 2021) foram 27 downloads da Argentina, 43 dos Estados Unidos, e apenas 19 do Brasil. 


O Contato com outros idiomas passa pelo histórico de vida de cada um

Outro fator a ser considerado é o quanto uma segunda língua é natural para você. Eu falo inglês fluente desde meus 13 anos de idade, e trabalho como professor desde que tinha 18 (hoje tenho 38).

"Ahhh, mas se você é um Playboyzinho, não tenho a ver com isso, cara"

Na verdade, sou filho de uma empregada doméstica e um encanador. Nem meu pai nem minha mãe concluíram sequer o ensino fundamental.

Sou autista, o que traz uma série de consequências bem limitantes em minha vida. Não consigo fazer 1 milhão de coisas que para quase todo mundo é absolutamente trivial. Não consigo usar lápis, por exemplo, pois o som do grafite no papel me dá crises de desregulação (pesquisem sobre isso, é um porre).

Mas por outro lado, também em decorrência do autismo, eu tenho uma grande facilidade de aprender certas coisas de forma rápida e totalmente auto didata, como idiomas.

Aprendi inglês, espanhol e Latim por conta disso.

E junte a isso o fato de meu hiperfoco autista ser a literatura, temos um cenário em que para mim esses idiomas são tão presentes em minha vida quanto o próprio português.

Vivemos em um mundo interconectado, onde as informações chegam de lugares próximos e distantes.

A maioria das pessoas que defendem esse Purismo quase sempre estão vestindo camisas e usando celulares feitos na China, e já passaram horas escutando Ramones, Misfits, Metallica, Iron Maiden, Deep Purple. Vestem tênnis de marcas americanas e se amarram em motocicletas feitas em uma fábrica lá do Tenesse.

E como eu falei, em minha vida, esses outros idiomas são super comuns. 

Agora, na hora de compor, para agradar ultra nacionalistas que bebem Black Label eu preciso fingir que inglês é uma língua com a qual eu não estou familiarizado?

Não faz sentido.

Rock and roll, punk rock, horror punk são estilos que se tornaram universais. Eles não saíram de suas fronteiras para serem "aprisionadas" em outras. Isso sim é desvirtuar a essência desses estilos.

Esses estilos sempre pregam a liberdade. Rock and roll é liberdade.

E não dá pra apoiar a liberdade cagando regra sobre o que as pessoas devem fazer.

Se quiser cantar horror punk em sanscrito arcaico, cante: isso não faz de você um vendido paga pau de gringo, faz de você apenas um artista cantando em sanscrito arcaico.

Tem um certo presidente por aí que adora usar discurso de Purismo cultural...

 

sábado, 6 de novembro de 2021

Blogs de música ainda são relevantes hoje em dia?

 People, hoje levanto uma reflexão que sempre passa pela minha cabeça:

Manter um blog compensa? Tem alguma relevância? Vale o esforço e o tempo gasto?

Logicamente o que se segue é apenas as minhas conclusões pessoais.

Esse aqui não é meu blog principal. Eu mantenho um outro blog chamado QUEST RPG SOLO, com foco em jogos narrativos e literatura. Esse outro blog tem quase 20 vezes mais visitas mensais que esse aqui.

Eu particularmente acho que a forma como as pessoas vêem os blogs se desvirtuou muito por conta dessa ânsia capitalista de que TUDO tem que gerar receita ou então não serve.

Os blogs surgiram inicialmente para serem espaços PESSOAIS, uma ferramenta onde a pessoa pudesse se expressar. Foi pensado para ser um tipo de site (todo blog não deixa de ser um site) onde a pessoa facilmente pudesse imprimir suas características pessoais, estilo de escrita...

Uma vez, não muito tempo atras viram a forma como eu escrevo sobre música, e me convidaram para participar de um outro blog. Eu  aceitei e qual não foi minha surpresa quando poucos dias depois fui informado que eu deveria "profissionalizar" minha escrita, melhorar, pois minha escrita não era boa o suficiente para "os padrões do blog". 

Tipo, você é convidado por causa da forma como você escreve, e logo em seguida é criticado por causa da forma como você escreve.

E isso aconteceu dentro da cena underground,o que torna a situação ainda mais absurda. Enfim, águas passadas.

Eu particularmente acho que a era dos blogs já passou, ao menos no cenário musical. Sei que tem muita gente levando bravamente a bandeira de estilos e gêneros, mas é apenas o nicho do nicho dentro do nicho, exatamente como ESSE blog aqui. Objetivamente, pouca relevância.

Então...por que eu continuo escrevendo artigos que vão ser lidos por no máximo 50 pessoas?

Justamente por gostar muito da proposta original dos blogs. Ainda temos a chance de ter espaços de expressão, de individualidade. Não tem nada que me soe mais fake do que o conceito de "blog neutro". É pra ser pessoal, é pra se posicionar, expor.

E também porque eu uma terapia. Uns gostam de fazer churrasco e beber cerveja, que é muito bom. Já eu gosto de escrever,.

Especialmente sobre música.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

TRIBUTO AO ZUMBIS DO ESPAÇO - Entrevista com André Honorato, idealizador do Projeto!

 People

No último dia 29, às vésperas do Halloween de 2021, fomos brindados com um lançamento muito bacana e interessante: um disco de tributo ao grande Zumbis do Espaço, o principal nome do horror punk nacional.

O Tributo foi idealizado pelo André Honorato, integrante da banda Ossos Cruzados, outro importante nome do cenário horror punk nacional.

Quer conhecer um pouco mais o som da banda Ossos Cruzados? Veja aqui

O petardo reúne 16 grandes nomes da cena prestando homenagem ao Zumbis, através de releituras muito dignas e bem feitas. Após escutar várias vezes cada uma das músicas, posso afirmar que nenhuma versão ficou abaixo da média. Tudo aqui é extremamente bem feito e bem realizado!

Segue abaixo essa pequena entrevista que o André gentilmente concedeu ao TLHP, contando um pouco mais a fundo como foi encabeçar um projeto tão grande assim.

Espero que curtam!


1-      Como surgiu a ideia de realizar esse tributo ao Zumbis do Espaço?

A ideia surgiu após uma conversa com o Tor onde eu apresentei uma versão de “Onde os fracos não têm vez” que a minha banda (Ossos Cruzados) fez para uma live na pandemia, nessa ocasião falei sobre a importância do Zumbis do Espaço e que havia uma cena Horror Punk que tinha como uma das principais influencias o som deles. Nesse momento pensei, por que não temos ainda um tributo ao Zumbis com bandas declaradas fãs do trabalho do Zumbis? Assim começou a peleja...


2-      Como foi elaborado/escolhido o cast de bandas que participaram?

A princípio a ideia era apenas ter bandas do cenário Horror Punk, então fui em busca da adesão das que estavam mais ativas, isso é produzindo ou tocando. De cara tive a adesão de diversas dessas bandas, mas ao longo do processo algumas desistiram por diversos motivos, como falta de estúdio, falta de grana e por ai vai. Para manter um volume legal de bandas tributo decidi convidar bandas que de alguma forma são influenciadas pelo horror e gostam do legado do Zumbis.


3-      Da ideia inicial até o lançamento agora, quanto tempo se passou? Quais os maiores desafios enfrentados?

Desde o início da ideia até o lançamento se passou quase um ano. Foi um ano difícil para todo mundo, difícil de lidar com as notícias, difícil de produzir. Além disso, somos bandas do underground e muitas vezes tiramos do nosso bolso para fazer o nosso som, no geral foi caótico, mas conseguimos e tenho certeza de que temos uma grande tributo.


4-      Por favor, comente um pouco sobre a importância do Zumbis do Espaço para cenário musical brasileiro.

Eu sou muito fã do Zumbis do Espaço e eles me influenciaram musicalmente durante toda minha trajetória. Mas considero que a maior qualidade do Zumbis é a capacidade de contar histórias de terror através da música e na nossa linha nativa. Além disso, a banda e mantem-se ativa e sempre lançou materiais (mersh) com grande qualidade que faz a alegria de qualquer colecionador.

 

5-      O álbum tributo já está em todas as plataformas digitais. Quais os próximos passos que podemos esperar?

Sim, o tributo está disponível em todas as plataformas e a ideia é que em breve saia um edição física em CD, além disso o pessoal pode fazer a reserva da camiseta com a estampa do Tributo pelo Instagram @honorato.ossos.

Espero no próximo ano realizar mais tributos temáticos homenageando autores de livros de terror que influenciam as bandas de horrorpunk brasileiras, vamos trabalhar para isso.


É isso. Está disponível em todas as plataformas, e também no youtube, nessa playlist aqui:

Tributo Musicas Youtube

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

EP Especial de Natal - Horror Punk Natalino?

 O primeiro contato sério que tive com o punk rock foi em 2011, com o álbum "Christmas Songs" da banda Bad Religion.

Foi um momento mágico; eu simplesmente adorei aquele disco.

Na época eu estava terminando meus estudos na faculdade de Música, onde estava concluindo meus estudos Violão Erudito. 

Eu só escutava jazz, música erudita, metal melodico e rock progressivo.

Aliás, foi o rock progressivo que me trouxe até o Bad Religion, uma vez que o segundo disco do grupo foi um disco de rock progressivo (muita gente nem faz ideia disso, né?).

Eu queria saber como uma banda conseguiu sair de um disco de punk (no primeiro lançamento), ir para o progressivo no segundo e logo em seguida retornar ao punk, onde seguiria e faria sucesso de fato. Gostei do disco progressivo (que a maioria dos fãs odeia, e a própria banda não gosta muito de falar sobre ele), e também dos outros voltados ao punk rock. Sem dúvida foi a banda que abriu o caminho do punk em minha vida.

Achei a ideia do disco punk de natal fantástica. 

Sempre gostei muito de várias coisas relacionadas ao Natal.

Logicamente odeio o frenesi consumista e não sou sequer cristão.

Mas adoro as músicas de Natal, principalmente aquelas mais tradicionais. E também os quadros. Eu trabalho com quadros, e sempre fui fascinado pela forma como o tema é retratado nas telas.

Enfim, é isso:

Começa hoje a gravação de 6 músicas clássicas de Natal na versão TLHP GRAVEYARD. Horror Punk natalino?

SIM!

Horror Punk Magazine 11 - VOLTAMOS DO ALÉM...

 Depois de um longo e tenebroso inverno, eis que o maior fanzine de Horror punk da América Latina retorna! A frequência será mensal pelos pr...