Fazer qualquer coisa 100 vezes exige um investimento de tempo grande, seja isso um trabalho ou não.
E pra comemorar, resolvi fazer texto curto respondendo a pergunta do título:
Bom, meu primeiro contato com o Horror Punk brasileiro foi na virada dos 2000, quando conheci o Zumbis dos Espaço. Lembro que achei legal, mas confesso que estava em outra vibe naquela época (estava estudando musica horas e mais horas por dia, e praticamente só escutava prog metal).
O tempo passou até que por volta de 2013 eu acabei esbarrando novamente no Horror Punk BR, dessa vez através da coletânea "Isso é Horror Punk Brasil" vol.1. E os outros volumes também.
Foi aí que conheci Pesadelo Brasileiro, Nekrotério, Graboides, Difuntos, Medonhos e muitas outras.
Inclusive é o que estou ouvindo ela enquanto escrevo isso.
Em 2014 começei a escrever para o Whiplah.net. Escrevia sobre tudo, de metal melódico à trash metal, mas também comecei a colocar uma ou outra matéria lá sobre horror punk, psychobilly e gêneros similares (esses textos ainda estão lá).
Um novo capítulo no entanto ocorreu em 2020, quando fui diagnosticado com COVID e precisei ficar de quarentena. Em 2020 ainda não existia vacina e na verdade pouco se sabia sobre o vírus. Eu tinha um bebê de 1 ano de idade, e minha esposa faz parte do grupo de risco. Resultado: Precisei fazer uma quarentena rigorosíssima.
Com o tempo livre, comecei a procurar Horror Punk BR e foi nesses dias que conheci muitas outras coisas muito fodas, como Sertão Sangrento, Difunteria, Invasores de Tumbas, Monster Trio, BrainEaters. E aí minha cabeça explodiu de novo e virou meu estilo favorito.
E foi ouvindo o programa HORRORAMA que me veio a ideia de começar a gravar minhas músicas, e posso dizer com toda certeza que foi a melhor coisa que eu poderia fazer.
E nessa onda de produzir material veio a finada HORROR PUNK MAGAZINE, que durou 2 anos.
Graças a tudo isso, hoje tenho a honra enorme de trocar ideia com músicos que admirava imensamente e que jamais imaginaria que teria algum tipo de contato.
Poder mandar mensagem para caras como Poppeye (sertão Sangrento), Zé Máximo (Difunteria), Pinga (Pesadelo Brasileiro) e outros ainda é uma experiência surreal para mim, pois ainda continuam sendo minhas referências dentro do estilo, além de pessoas muito bacanas.
Graças aos trampos com a HORROR PUNK MAGAZINE pude aprender o básico de design gráfico, que por sua vez me permitiu começar a diagramar livros, e hoje lançar meus próprios livros e diagramar livros de terceiros virou uma das principais fontes de renda da minha família.
Tirar as músicas de ouvido das bandas que eu ouço me fez voltar a estudar musica novamente depois de quase uma década sem fazer isso.
O Horror Punk tb me fez voltar a consumir mais hqs e filmes de horror, especialmente os clássicos das décadas de 50, os filmes-B dos 70's e a trasheira da década de 80.
Na verdade eu poderia ficar até amanhã escrevendo aqui!
Um abraço e que venham mais 100 textos.
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