quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

LANÇAMENTO: HORROR PUNK MAGAZINE N°9

Olá!

É com grande alegria que hoje - dia 7 de dezembro de 2022 - é lançada a edição número 9 da HORROR PUNK MAGAZINE, o fanzine oficial do blog Tlhp Graveyard.

Essa edição está bem variada, entre outras coisas temos:

- Entrevista com o projeto Black Metal underground independente EU ME TORNEI O SOL
- Uma geral sobre a cena horror punk na Rússia e na Ucrânia
- Uma discussão sobre a relevância (ou não) dos blogs de música no cenário atual
- Um PAPO RETO sobre como é ser musico underground em um mundo onde tudo parece depender de likes

...e muito mais!

Vamos deixar a enrolação de lado e segue o link para download: HORROR PUNK MAGAZINE 9

sábado, 15 de outubro de 2022

Lançamento: Horror Punk Magazine 8 - Especial de Halloween

 Bom, galera, eis que chega em suas mãos - ou tela - a oitava edição da revista Horror Punk Magazine.

Esta edição é a edição especial de HALLOWEEN de 2022 e vem com uma proposta totalmente diferente das anteriores. Essa edição é voltada a arte obscura e sinistra do horror.

Mas não qualquer tipo de arte.

Recentemente temos visto o surgimento de vários programas e apps de inteligência artificial capazes de criar desenhos e pinturas a partir de texto. Você escreve o que você quiser, e essa IA irá transformar seu texto em uma imagem.

A mais famosa dessas IA é uma chamada MIDJOURNEY.

A que eu usei para criar as quase 40 artes seguintes foram os apps DREAM e o PHOTOLEAP.


Aqui o link para baixar:

https://www.mediafire.com/file/f3l27zw519vrz1l/Horror_Punk_Magazine_8.pdf/file

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Sobre o cenário Underground - 2 olhares

 Sobre bandas underground - Opinião


Nesses últimos meses, por conta do meu FANZINE, tenho tido contato COM MUITAS bandas underground e tenho percebido 2 tendencias de pensamento crescendo no meio Underground. Eis aqui:

1 - bandas desanimando com o próprio trabalho e pior: desacreditando da própria proposta, por conta do baixo (ou muitas vezes nulo) feedback em YouTube, Spotify e afins.

OPINIÃO: Essas bandas precisam entender que feedback em redes sociais e plataformas é muito mais consequência de um trabalho de marketing do que um trabalho musical. O que mais tem é artista desafinado com música zoada bombando nas redes. Sabe por que? Porque eles SABEM fazer marketing digital. 

E outra verdade difícil de engolir: vc pode ser o ninja do Instagram, o mago do Tik Tok e o melhor analista do Spotify...verdade é que 95% do marketing digital em música que alcança resultados REALMENTE capazes de trazer retorno concreto (de feedback ou mesmo financeiro) teve investimento por trás. Teve injeção de grana. As vezes pouca, as vezes muita. Logicamente vai ter aqueles 5% de artistas e bandas que vão bombar espontaneamente e sem um investimento maior,mas...mesmo que não seja exatamente 5%, ainda sim é a minoria esmagadora.

Outro ponto a se considerar é a questão de contatos e influencia. Por exemplo, vamos imaginar que amanhã surja um vídeo do Keanu Reeves ou do Neymar cantando um trecho de 10 segundos de uma banda. Não vai importar o estilo (sertanejo, jazz, blqck metal, prog, blues...), não importa a qualidade da gravação original (tanto faz se foi gravado no Abbey Road ou numa garagem com um discman da década de 90), não vai importar a afinação...fato é: o negócio VAI bombar e MUITO. Simples assim.


2 - Uma galera dentro da cena que desenvolve uma postura 110% empresarial meritocrata de sua banda. Gente que acredita piamente que é simplesmente fazer tudo "certinho" que o sucesso virá, e se não vir é porque não se esforçaram o suficiente. E acreditam que bandas "fracassam" pq não foram profissionais suficientes. 

OPINIÃO: Logicamente seriedade é uma qualidade maravilhosa, e trabalho duro indispensável para uma banda. Mas é MUITA ingenuidade achar que essa é a "fórmula infalível". A banda de rock Hangar é um exemplo de banda que levou essa postura ao extremo, reforçando em entrevistas muito mais o lado empresarial do que o lado artístico. Resultado: em alguns períodos a banda obteve bons resultados, mas na maioria essa postura gerou uma grande antipatia por parte da cena e de músicos que trabalharam para eles,e hoje os membros da banda vivem de workshops, aulas de música e freela, muito mais do que da banda em si (shows extremamente raros mesmo antes da pandemia, cds encalhados e quase zero atenção da mídia especializada).

Logicamente como no Brasil tudo é interpretado como 8 ou 80, logo aparece alguém aqui dizendo que eu recomendei que se faça tudo no esculacho e sem postura profissional. E claro que não foi isso que eu falei.

O que eu digo é: você pode encarar sua banda igual o Elon Musk encara a Tesla ou igual o Steve Jobs encarava a Apple; a minoria vai ter resultados satisfatórios ainda assim. Porque não vai adiantar nada agir assim sem grana para investir. Vai ajudar muito pouco agir assim sem bons contatos para shows. Vai adiantar muito pouco agir assim e ser escroto com mídias independentes e underground. Vai ajudar muito pouco agir que nem o Senhor Businessman e cagar para outras bandas da cena. 


E tem o fator SORTE, de estar na hora certa no lugar certo com o som certo,mas isso é tão subjetivo que prefiro nem entrar nessa discussão...

terça-feira, 19 de julho de 2022

HORROR PUNK MAGAZINE 07 - DOWNLOAD

 E Segue aqui a sétima edição da revista digital HORROR PUNK MAGAZINE.

Essa edição inaugura o segundo ano da revista. 

No total, somando todas as edições já temos mais de 250 páginas de divulgação, informação,arte e conteúdo.

Link para baixar:

Edição 07


quinta-feira, 12 de maio de 2022

THE ROCKABILLY HORROR PUNK COLLECTION - O DISCO NOVO DO TLHP GRAVEYARD

 Olá, galera

Essa semana subi em várias plataformas meu novo disco, o rápido "THE ROCKABILLY PUNK ROCK COLLECTION", onde apresento 6 novas composições em 13 minutos de disco.

Amanhã será uma Sexta Feira 13, e achei que essa semana seria a época ideal para lançar. E aqui vou falar um pouco mais sobre esse álbum.

"AINDA É HORROR PUNK, TLHP?"

Com toda certeza! Os elementos de Horror Punk estão lá intactos: a maioria das músicas possui apenas 3 acordes, o som continua cru, e as letras todas sem exceção versam sobre coisas estranhas, cemitérios e criaturas paranormais.

Aliás, sobre as letras é bom frisar que elas são todas inspiradas no RPG de mesa "VAMPIROS DO ESPAÇO SIDERAL", que lancei tanto aqui quanto lá fora no começo desse ano.

Quer conhecer melhor o RPG? Aqui:

VAMPIROS DO ESPAÇO SIDERAL RPG


"E ONDE ENTRA O ROCKABILLY ENTÃO?" 

O ROCKABILLY entra principalmente na estrutura das músicas e nos timbres utilizados.

Das 6 músicas, 5 são estruturadas dentro do chamado "Twelve Bar Blues", uma estrutura musical de 12 compassos que é a base do blues até hoje e que era a base da grande maioria das canções de ROCKABILLY.

Ainda farei um post explicando em detalhes essa estrutura futuramente.

Programei a bateria em ritmos inspirados em músicas de Bill Halley, Chucky Berry e Elvis Presley, e procurei deixar o violão com um timbre mais estridente característico do estilo.


"MAS ISSO NÃO SERIA PSYCHOBILLY, TLHP?"

Essa é uma pergunta muito válida. Mas a resposta é não.

Ainda que eu adore Psychobilly e esteja sempre escutando bandas como The Cramps, Zombie Horror Train, Messer Chups, entre muitas outras, a inspiração primeira e o som que usei de base realmente foi de forma direta o rock dos anos 50 dos nomes citados na pergunta anterior.

"ONDE POSSO ESCUTAR ESSE DISCO, CARA?"

Você pode escutar aqui mesmo. Aqui está:


"TLHP, GOSTEI DEMAIS E QUERO FAZER UMA CONTRIBUIÇÃO PARA VOCÊ...COMO FAZER ISSO?"

Ou...

"ODEIO SEU TRAMPO E QUERO OFERECER UMA GRANA PARA QUE VOCÊ NUNCA MAIS GRAVE NADA NA SUA VIDA, COMO POSSO FAZER ISSO?"

Em ambos os casos acima, vocês podem doar qualquer valor que quiserem via PIX. A chave PIX é 19998972653 (celular)

quarta-feira, 11 de maio de 2022

HORROR PUNK MAGAZINE 6 - LANÇAMENTO

 Olá, pessoas!

Depois de alguns dias de atraso (devido a outros lançamentos que fiz, e também a minha nova campanha de Financiamento Coletivo do meu novo livro), aqui está a HORROR PUNK MAGAZINE Edição número 6.

Essa edição abre espaço para mais duas iniciativas nacionais, que apostam em estilos diferentes e obscuros.

E também temos uma matéria falando sobre o fenômeno da internet que tem deixado muita gente curiosa, intrigada e assustada: as Backrooms!


Link para baixar: HORROR PUNK MAGAZINE 6

quarta-feira, 16 de março de 2022

Bandas de Horror Punk da Ucrânia e da Rússia - Parte 1

 Toda guerra é horrível. 

Os ricos e poderosos ficam no conforto de suas mansões enquanto pessoas que não se odeiam precisam lutar umas com as outras. É um lixo total. Mas temos a música.

A música transcende qualquer guerra.

E não seria diferente com o Horror Punk, que possui sim excelentes representantes nos dois lados da guerra.

Gente que tem muito mais interesse em musica boa, histórias sobrenaturais e filmes de terror do que em guerras políticas que no fundo só favorecem os donos do poder.

Essa série será para apresentar o que a cena horror punk tem de bom nesses dois lugares. Ambos os paises possuem excelentes bandas dentro do nosso gênero, e vale a pena conhecer mais sobre elas.

Esperamos que esses conflitos sejam logo solucionados para que muito mais possa surgir desses 2 países.


Ucrânia


A Ucrânia não é um país tão pequeno quanto eu pensava (tem mais de 44 milhões de habitantes), mas realmente fica fora de nossas antenas quando o assunto é rock, metal e horror punk. Mas ao garimpar um pouco mais fundo, encontramos sim algumas bandas bem legais.


ZATON

Fundada em 2020 na capital Ucraniana, a banda ZATON se auto intitula como sendo do gênero "Horror Metal Punk".

Compondo na lingua nacional, o Zaton apresenta um som pesado com inflûencias que vão de Misfits à Slayer, com elementos de trash, death. As letras fazem quase sempre referência a H.P Lovecraft e os mythos de Cthullhu.

É um som bem agressivo, com uma qualidade de produção bem interessante.

Você pode conferir mais sobre a banda no Bandcamp, pelo link:Zaton


COFFIN MONSTERS

Direto da cidade de Poltava, a banda foi formada em 2017. Eles cantam em inglês, e fazem um som sujo, com muitas influências de hardcore. Aliás, a banda se apresenta como sendo de "Hardcore horror punk".

É praticamente impossivel conseguir mais informações da banda, mas você pode conhecer um pouco mais sobre ela no bandcamp:Coffin Monsters


RUSSIA


A Russia possui uma forte tradição dentro do horror punk e do psychobilly. Existem muitas bandas dentro desses genêros, e também festivais que focam nessas vertentes. Uma das bandas de que já falei aqui, a banda BRAINDEAD, é originária da Rússia.


ROMERO'S NATION

Trata-se de uma banda veterana, fundada em 2008. Eles cantam majoritariamente em inglês, e fazem um horror punk com muitas influências de Ramones e Misfits. Também possuem muitas influências de pop punk e hardcore melódico, e de bandas como The Offspring e NOFX.

Também é possivel perceber algumas influências de Irish punk, em especial nos vocais.

Mais sobre a banda pode ser conferido aqui: Romero's Nation



KOROL I SHUT

Fundada em 1988 em São Petersburgo, a Korol I Shut é uma das bandas mais antigas da Russia, apesar de oficialmente terem encerrado suas atividades em 2014.

O som da banda se apoia fortemente em Misfits, mas com outras influências, que vão do eletrônico ao Ska. Trata-se de um som bastante original, cantado em russo.

Mais sobre a banda: Aqui


Continua...

quarta-feira, 9 de março de 2022

OMNIBUS HORROR PUNK ZINE - 5 edições em 1 único Volume

 Galera, 

Para facilitar o download e leitura, segue aqui o primeiro OMNIBUS da HORROR PUNK MAGAZINE.


Esse volume contém 174 páginas com todas as 5 primeiras edições da nossa revista.

Teve muita coisa: Zumbis do Espaço, Os Desconhecidos, Dead Poetz, Horrorama, Zumbi Cangaceiro, The Hellmask, Sons of Cain, Criadores de Ódio, Occult Rock, Psychobilly, tutorial de FANZINE, análise de filmes, letras traduzidas, contos de terror e ficção científica, e mais...

Download gratuito, SEMPRE!

Link para baixar:

HORROR PUNK MAGAZINE OMNIBUS


quinta-feira, 3 de março de 2022

HORROR PUNK MAGAZINE N°5 - DOWNLOAD GRATUÍTO

 Hello, people!

Eis que finalmente saiu a Horror Punk Magazine numero 5!



Com alguns dias de atraso, eis aqui mais um número de nossa revista bimestral dedicada ao horror.

Nessa edição, a cena nacional está representada pelos caras do Dead Poetz, uma banda novíssima que veio cheio de energia, e o Hellmask, um projeto do Rio de Janeiro que já lançou muita coisa e que passeia por vários gêneros, entre eles o Horror punk.

Além disso falo da primeira banda de horror punk oficialmente a lançar um disco em Cuba, a banda WE BITE!!!

E pra finalizar, uma discussão sobre o que é de fato verdade no clássico de 1999 "A Bruxa de Blair".

Sem mais enrolação, segue o link: 

HORROR PUNK MAGAZINE 5

domingo, 28 de novembro de 2021

Traindo o movimento? Sobre tocar outros estilos.

 E assim segue o projeto TLHP GRAVEYARD. 8 discos lançados, mais de 10 mil escutas no bandcamp, 4 Songbooks oficiais, Calendário físico sendo vendido, 3 edições da HORROR PUNK MAGAZINE (que já totalizam mais de mil downloads)...

Depois de tudo isso, decidi que iria aproveitar esses últimos meses do ano para dar um descanso do TLHP, e tocar meus outros projetos musicais.

Além do TLHP, eu tenho o SENHOR HIPONGA, voltado a música hippie folk, tenho o LO-FI, meu projeto de LO-FI HIP HOP que já lançou 1 disco onde canto poemas de Edgar Alan Poe. Tenho o TLHP O Bardo, de Dungeon Synth. E recentemente comecei o DRAGONSTORM, meu projeto de Power metal.


"Mas ...por que tocar outros estilos? O horror punk não é suficiente pra você, seu POSER?!?"


Eu amo horror punk. De coração. Mas verdade é que acima de tudo, EU AMO MÚSICA de maneira geral.

Eu tenho verdadeira obsessão por Teoria Musical, e o que acontece é que, por mais que eu ame o estilo, tem várias coisas que eu amo dentro da teoria musical que não teria espaço dentro do horror punk, pelas próprias características do estilo.

Eu sempre vou estudar teoria musical, SEMPRE. E para aplicar as coisas que eu vou aprendendo, resolvi criar o maior número possível de projetos diferentes. 

No SENHOR HIPONGA, eu posso estudar composição lirica e bases folk; no projeto LO-FI, eu posso estudar criação de batidas eletrônicas e sintetizadores digitais.

No projeto de Power metal, eu posso estudar riffs mais complexos e orquestração.

O TLHP GRAVEYARD já tem 8 discos, mais de 70 músicas. E podem apostar, tem muito mais vindo por aí. Talvez ainda esse ano mesmo.

Mas como fã de música, sempre vai ter espaço para outros estilos em minha vida.

Estou traindo o movimento? Não sei...8 discos e 70 músicas não parecem ser características de quem está traindo o movimento ...

Sempre penso no Danzig, o nome mais citado quando se fala de horror punk. O cara estava lá no começo do estilo, mas ao longo da carreira dele ele já fez música orquestral, gótico, industrial, blues, heavy metal, eletrônico...

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

SPOTIFY: Uma verdade MUITO inconveniente (ou: Por que ele é muito ruim para galera independente)

 Quando se pensa em streaming de música, logo se pensa no SPOTIFY. 

É chique dizer que sua música está no SPOTIFY, eu concordo.

Mas o SPOTIFY é todo voltado para quase que literalmente engolir os artistas independentes, e pretendo mostrar agora isso não com opiniões e "achismos", mas com dados e estatisticas sobre a plataforma. Também vou mostrar alguns indicativos que regulam - de acordo com especialistas - a forma como as plataformas de streaming funcionam, e no fim embasar meu ponto de vista. Por mais satisfação que dê ter sua musica na maior plataforma de streamings do mundo, os resultados práticos para artistas independentes são praticamente nulos. 


Quanto paga o spotify por execução?

Os dados mais recentes que encontrei dizem que o Spotify paga 0,00348 dolares a cada reprodução da música. Isso quer dizer que a cada 1000 (mil) reproduções, o artista vai ganhar 3 dolares e 48 centavos. Ah, e por "reprodução" eles só contabilizam quando dura mais de 30 segundos. Qualquer pessoa que escutar sua música por menos tempo que isso não entrará no computo geral.

Obs: Provavelmente deve ter acontecido algum reajuste mais recente, mas nada muito diferente disso não.

Segue abaixo uma lista comparativa entre as diversas plataformas de Streaming, de acordo com o site Tecnoblog.net. 

Serviço de streamingValor pago por reprodução (em dólar)
Spotify0,00348
Apple Music0,00675
YouTube Content ID0,00022
Amazon Music Unlimited0,01123
Deezer0,00562
Google Play0,00554
Pandora0,00203
TIDAL0,00876

Aqui temos uma outra tabela, comparando com ainda mais plataformas:

(eu sei, a imagem está péssima...é muito dificil achar esses dados)

Convenhamos: Atingir mil reproduções de fato dentro do horror punk é uma luta. Logicamente o Misftis consegue isso, mas o artista independente...não sei. E o fato é que para alcançar uma quantidade significativa de reproduções, a banda precisa apostar em divulgação, e não apenas posts em redes sociais, mas sim campanhas de Marketing. E isso vai custar muitas vezes mais do que o retorno que a banda terá.

"Mas o Spotify ajuda a divulgar a banda!"
É uma fala que eu escuto muito, mas...será realmente?

Assim como todas as redes sociais, o Spotify trabalha com algoritmos que vão divulgar e privilegiar quem está no top da popularidade. Logicamente, ele vai direcionar as sugestões de acordo com a playlist selecionada pela pessoa, então muito provavelmente a banda independente de horror punk seja indicada para aqueles ouvintes que já estão escutando horror punk. Que por sua vez tem uma cena tão pequena que muito provavelmente JÁ conheça a banda, ou seja é um ciclo que se fecha muito rapidamente.


Uma pesquisa rapida mostra que as bandas independentes que se destacam dentro da plataforma em 99% das vezes contratam o serviço de DISTRIBUIDORAS DIGITAIS. Empresas como CD BABY e OneRPM, que gerenciam a distribuição das musicas do artista, fazem estudo de marketing (calculando inclusive coisas como o melhor horario para lançarem as musicas, com qual frequência) e principalmente trabalhando o marketing desse material em redes sociais.

ENtrem nos sites dessas Distribuidoras e peçam um Plano de ação gratuito (a CD Baby faz um plano no próprio site como simulação), e vejam a quantidade absurda de coisas que essas empresas fazem. E mesmo com tudo isso, não vai ser toda a banda que vai conseguir monetizar.

Um relatório lançado ano passado sobre o Spotify mostrou que mais de 80% dos artistas inscritos lá ganharam ao LONGO DO ANO TODO menos de um salário mnimo somando os ganhos do ano todo. E na verdade, a maioria desses 80% ganhou muito, muito menos que isso. A maioria das bandas independentes nacionais de rock ganaharam menos de 15 dolares somando tudo ao longo do ano todo.

É muito ingenuidade achar que só colocar a música lá vai fazer "a coisa acontecer". 


Agora, enquanto vitrine e local de "estoque" das musicas, até é possível entender que uma banda queira colocar sua música lá.

Não acho errado colocar sua música lá não. Só não entendo darem preferência por divulgar POR LÁ...isso definitivamente é estranho em termos práticos.

Mas uma vez que o publico que a banda vai atingir JÁ é essencialmente o publico que JÁ acompanha a banda, plataformas como youtube cumprem a mesmissima função. 


"Qual seria então uma alternativa?"

Vou falar dentro da MINHA experiência enquanto musico independente.

A melhor opção me parece o BANDCAMP. O BANDCAMP é uma plataforma de escuta e venda de músicas, onde o musico fica com a MAIOR porcentagem de cada musica ou produto (é possivel vender outras coisas, como camisetas, canecas, posters...). A plataforma fica apenas com uma pequena porcentagem. É o oposto do que ocorre no Spotify. Você coloca o preço que quiser em sua musica ou produto, inclusive tendo a opção de colocar a opção "Pague quanto quiser".

Além de ser um local gratuito de armazenamento de suas musicas e escuta online, o BANDCAMP foca em projetos independentes. Tudo lá é feito para favorecer o artista e a banda underground.

Os pagamentos são feitos via paypal, e tudo que vc precisa e cadastrar um email.

Funciona? Será que funciona mesmo?

Vou falar dos meus números:

Mesmo tendo um numero ridículo de seguidores no Bandcamp (acho que 8 ou 9 pessoas), não passa um mês sem realizar alguma venda. O preço que coloco nas minhas músicas variam de "Pague quanto quiser" à 5 dólares (album completo).

Meu faturamenteo mensal ali varia de 10 a 30 dólares, ou seja de 50 a 150 reais atualmente. Meu numero de escutas não é nada impressionante: Tenho cerca de 300 reproduções por mês ali, um número muito baixo.

Mas olhem quando comparo com o Spotify:

300 reproduções no Spotify me renderiam 1 dolar e 4 centavos.

No Bandcamp, com esse numero de reproduções ganho de 10 a 30 dolares.


Logicamente, estou comparando coisas diferentes. No Spotify você recebe por reprodução, e no Bandcamp você recebe por venda direta.

Mas mesmo assim, me parece um esquema MUITO mais justo.

Outra vantagem é que no BANDCAMP uma unica pessoa que quiser te apoiar pode realmente te ajudar. Lembro que no primeiro mês no Bandcamp fiz 20 dólares, mas foi a compra de uma unica moça que comprou 5 musicas no esquema PWYW e pagou 20 dolares.

RESENHA: Riveros - Riveros

 E hoje a indicação vem na linha do mais puro punk rock/horror punk com os Riveros, banda do Rio Grande do Norte, em seu álbum de 2013. Com ...